sábado, 29 de setembro de 2012

Entrevista - El Mundo


Rafa Nadal ... naturalmente

O tenista Nº4 do ranking da ATP entrou esta semana no parque madrileno EL Retiro para a inauguração da exposição fotográfica 'Wild Wonders of Europe’ . Ele fez isso como embaixador da boa vontade das United Postcode Loteries, patrocinador da amostra assim como da  Fundação Rafa Nadal. ElMUNDO.es falou com ele.

P - O que tem a ver natureza com tênis?

RN - Hummmm ... Eu acho que muito pouco.

P - Homem, a competição entre adversários, o esforço físico, a estratégia para capturar o troféu, o triunfo do mais forte, o barro ...

RN - Não, não tem nada a ver. Eu realmente acho que o tênis é muito diferente da natureza.

P - Em qualquer caso, parece que você gosta de natureza.

RN - Muito, eu sempre estive perto dela e quando eu tenho um momento livre eu me perco no mar.

P - Parece um projeto interessante este que propõe o Rewilding Nature , deixando o meio ambiente se reasilvestrar por si só ..

RN - É ótimo. Parece incrível que isso ainda não tinha ocorrido a ninguém.

P – Deixar a natureza evoluir por si só parece impossível em muitos lugares.

RN - Sim é verdade que para recuperar algumas áreas seria necessário investir muito dinheiro. E ninguém quer fazer isso.

P  - Você poderia apontar alguns lugares específicos?

RN - Homem, sim ... Aqueles locais que são construídos em área selvagem.

P - Em Mallorca há algum desses lugares que se refere, como Magalluf, por exemplo.

RN - Uff, aquilo é um horror. Mas eu não quero dizer para não ser construído. Para mim, isso parece algo bom a ser construído, é necessário. O que eu acho é que você deve sempre construir respeitando o ambiente natural sem destruí-lo, nem levantar edifícios agressivos.

P - Fala da arquitetura tradicional.

RN - Sim, é algo que eu acho que agora está praticamente esquecida.

P - É verdade que na sua terra de Mallorca, há lugares onde não respeitam o meio ambiente, mas, igualmente, mantém lugares excepcionais, tais como a Sierra de Tramuntana.

RN - É claro, parece incrível que existem lugares que são mantidos, bem como o Tramuntana ou Cabrera. Isso realmente é uma maravilha. Sim há peixes lá. (E a resposta, é um bom tempo debaixo d'água admirando uma foto mostrando um lado do atum rabilho quase extinto. "Que bom!" que esse escapou).

P - As imagens desta exposição são muito bonitas.

RN – É verdade. Parece impossível que eles possam tirar fotos tão agradáveis. A natureza é muito bonita, mas essas fotos as realçam mais.

P - Qual você prefere?

RN - Todas. Todas parecem incríveis (e para em outra foto, dessa vez mostrando a luta de dois enormes bisões em meio a uma nevasca ártica. "Isto parece fantastico, que coisa boa!" Diz em voz alta).

P - Se você quiser mudamos de assunto. Não perguntarei sobre o seu regresso à competição seria imperdoável. Quando pensa em voltar para as quadras?

RN - Eu já disse isso antes. Voltarei quando o joelho estiver totalmente recuperado. Esta é a única prioridade.

P – Parece que está bem.

RN - Vai muito bem. Mas não há. Atualmente trabalho na reabilitação e em breve começarei a treinar novamente. Ainda é cedo para saber quando eu voltarei.

P - Você já teve medo de uma possível retirada?

RN - Não. Eu estava muito triste de não jogar os jogos, este acabou sendo o pior, pois só acontecem a cada quatro anos e quem sabe o que vai acontecer em seguida. Eu também  perdi o Aberto dos EUA e a Copa Davis, mas eu nunca tive dúvidas de que jogaria novamente.

P - Se se recuperar para a final da Copa Davis jogará, mesmo que perderia  no próximo ano o número 3 no ranking da ATP?

RN - é algo que não me preocupa. Mas eu não acho vou estar recuperado. E se eu estiver tampouco eu acho que qualquer um é melhor do que outros companheiros, muitos outros do estão mais em forma que eu e que defendeu soberbamente  a Espanha na rodada anterior. Pensar de outra forma seria uma falta de respeito com eles e com o país que representam todos. Em última análise, o treinador vai decidir. Mas tudo isso é especulação, a única coisa que me importa agora é me recuperar perfeitamente, não importa o quanto for preciso para