NADAL RECONQUISTA ROMA APÓS GANHAR DE DJOKOVIC E RECUPERA A SUA POSIÇÃO DE NÚMERO 2 DO MUNDO
RENASCIMENTO
- Rafa soma 35 títulos sobre o saibro, está somente a 5 dos 40 títulos ganho por Thomas Muster e a 10 dos dos 45 de Guillermo Villas
Rafael Nadal se proclamou pela sexta vez campeão do torneio de Roma após ganhar em dois sets a final contra Novak Djokovic. Se trata do título de número 49 do espanhol, que recupera o número dois do mundo no ranking e o recorde de Msters 1000 consquistados (21).
Rafa Nadal foi de Madri chateado ao ver diferente o saibro que o havia levado ganhar em Monte Carolo e Barcelona de maneira consecutiva. O espanhol chegou a Roma como número três do mundo e com a necessidade de ganhar o torneio para conseguir chegar como segundo cabeça de chave em Roland Garros. E conseguiu. Depois de ir esquentando sua máquina a medida que ia jogando o torneio, Rafa pode reinar pela sexta vez no Foro Itálico Romano após vencer a final contra Novak Djokovic, por um placar de 7-5 e 6-3, após duas horas e vinte minutos de jogo, disputados na quadra central. Uma final que foi disputada na segunda-feira por culpa da chuva e uma vitória que trará uma confiança a mais para Rafa na dura temporada que tem pela frente.
Dos 31 enfrentamentos entre Nadal e Djokovic, duas foram nas finais disputadas no US Open, nas últimas duas edições. Os dois exibiram no inicio um grande nível de jogo, com intensidade e qualidade nas trocas que só está disponível para dois elegidos como eles.
Assim jogaram, buscando desgastar o rival, tanto fisicamente quanto mentalmente. Foi Nadal fazendo maravilhas com a sua direita, que conseguiu o primeiro break da partida no quinto game, uma situação, que, no entanto, o espanhol não aproveitou. Passou a jogar no ataque e fazê-lo defensivamente. Aí a explicação da reação de Nole que fez um contrabreak e tomou as rédeas da partida. O sérvio colocou um 5-4 no placar e 30-30 quando o juiz de cadeira cantou mal a bola que havia claramente ido à linha e mandou repetir o ponto. A ira de Djokovic foi fundamental, e sem querer, se desconectou da partida. Aumentou seus erros não forçados, situação que Rafa aproveitou para conseguir uma nova quebra e ganhar o primeiro set. Agressividade e concentração foram as armas que Rafa usou com gosto, enquanto Nole destruía raquetes após esmaga-la na cadeira. Um gesto que recordou o jogador irregular que foi no passado.
Apesar da previsão ser de chuva, as únicas gotas de água passavam pela cabeça de Djokovic, que deixou evidente que estava irado. Rafa pisou de novo no acelerados no inicio do segundo set e confirmou com uma quebra o jogo inicial que permitiu mostrar seu melhor tênis, agora sem complexos. Custou, como vem sendo de costume, ratificar a ruptura, (mais uma vez que conseguiu, no game mais longo da partida, com nove minutos de duração), dominou seu adversário. Com uma direita brilhante no saibro, com uma perfeita transição defesa – ataque e com um oponente que havia saído da partida, Rafa administrou muito bem a sua vantagem. Não mudou o gesto, sabendo da importância de não dar um só alivio para o perigosíssimo jogador que tinha a sua frente. Tanto foi a pressão que colocou no outro lado da quadra, que provocou que o jogo terminasse com uma dupla falta do sérvio.
Roma é o terceiro título de Nadal que vimos essa temporada, o número 49 de sua carreira e o 32º sobre o saibro. Recuperou também o privilégio de ser o jogador com mais Masters 1000 da história com um total de 21 (seis em solo romano). E o mais importante, volta a ser o número dois do mundo, o que permitirá viajar à Paris como o segundo cabeça de chave em Roland Garros. Seu próximo desafio.