sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Artigo - Marca

Não se preocupa em perder posições no ranking


Nadal quer se recuperar bem da síndrome de Hoffa


Agora o mais importante é me recuperar bem e no dia de hoje meu joelho não está preparado para competir em um “Gran Slam”, declarou.

O tenista Rafael Nadal assegurou essa sexta-feira que não está preocupado em perder o terceiro lugar no ranking da ATP, após sua decisão de não participar do Gran Slam devido a sua lesão no joelho esquerdo, onde padece de uma doença crônica conhecida como síndrome de Hoffa. “A estas alturas de minha carreira o ranking não é o mais importante”, disse.

 “Agora o mais importante é me recuperar bem e no dia de hoje o meu joelho não está preparado para competir em um “Gran Slam”, vou tentar me recuperar o antes possível para pode voltar com boas sensações, com garantias de poder competir e treinar tudo o que melhor eu sei”, declarou Nadal.

Nadal revelou que sofre da doença de Hoffa, uma inflamação na zona do tecido gorduroso que se estende por baixo do tendão rotuliano. O ex-número um do mundo ressaltou que o que o faz feliz é poder competir sentindo que pode forçar ao máximo seu físico. “E no dia de hoje não me sinto preparado para isso”, disse.
Nadal, 26 anos, confirmou que ainda não sabe se estará pronto para as semifinais da Copa Davis, que será disputada em Gijón contra os Estados Unidos nos dias 14 a 16 de setembro.

 “Vou fazer tudo o possível para me recuperar o quanto antes, si o capitão conta comigo minha vontade seria poder jogar”, disse Nadal, que já conta com quatro das cinco “ensaladeras” que ganhou na Espanha (2004-2008 – onde não pode jogar a final-, 2009 e 2011).

O tenista espanhol assegurou que esse descanço forçado, que começou no dia 28 de julho, após sua eliminação na segunda rodada do torneio de Wimbledon, não é o mais grande da sua carreira.
“O momento mais difícil da minha carreira a nível de lesão foi em 2005; no dia de hoje tudo está controlado dentro do possível. Veremos como evolui, o que acontece é que talvez é a maior parada no meio da competição, já que em 2005 a lesão ocorreu no final do ano”, contou Nadal.
Explicou que a lesão atual não é a mesma do tendão rotuliano que teve no passado. “ É algo diferente e acredito que isso é positivo, porque os tendões estão muito melhores em comparação do que estavam a três anos”, disse.

Nadal ainda comentou que é a derivação da mesma lesão que tem desde fevereiro, a que o deixou fora do torneio de Miami nas semifinais. “Fomos controlando a lesão até Roland Garros, depois disso a dor começou a ser pior. A temporada tem sido muito dura desde Indian Wells até a final de Roland Garros; praticamente joguei todas as partidas possíveis com bons resultados até hoje”, enfatizou o sete vezes ganhador do torneio parisiense.

Após sua eliminação em Wimbledon, Nadal foi anunciando sucessivamente sua ausência dos Jogos Olímpicos, do Masters 1000 de Toronto, Cincinnati e o US Open, que começa no dia 27 deste mês. “Agora o mais importante é me recuperar bem. O ranking no dia de hoje, a essas alturas da minha carreira, não digo que não é importante, é importante, mas não o mais importante”, falou.

“Realmente o que me faz feliz é sentir que jogo com opções de ganhar”, insistiu o tenista após sua decisão de não participar do US Open, o último Gran Slam do ano, onde foi campeão em 2010.

“Se você me dissesse que seria o número um (se não tivesse ocorrido a lesão), era sim uma opção, pois nos primeiros seis meses do ano ia bem, depois o número dois, três, quatro, seis, tampouco vai mudar muito, levo muito tempo estando entre os dois primeiros. O número um sempre te dá uma ilusão, depois estão os demais”, pontualizou. “Tem que parar e se recuperar para ter uma carreira mais larga”, disse.

A ausência de Rafa no Open Usa foi o tema principal nas conferencias de imprensa dos principais jogadores do torneio de Cincinnati, onde o suíço Roger Federer confessou que não era uma surpresa para ele, e que isso significa que é algo sério, e que da “ um pouco de medo”.

Para o sérvio Novak Djokovic, a ausência de Nadal é preocupante, pois, está seguro de que se o espanhol estivesse em condições jogaria. “Lhe desejo uma rápida recuperação”.