Uma máquina perfeita
- Nunca havia cedido somente dois games em uma partida em París (em 2008 cedeu 3 para Verdasco e Almagro)
- Em um Grand Slam seu melhor resultado é o de Australia 2010 contra Daniel por (6-0, 5-0 e retirada)
Rafa confirma um número de 49-1 sobre o saibro de Roland Garros. Sua última vítima foi seu grande amigo, o argentino Juan Monaco, de quem ganhou por um placar de 6-2; 6-0 e 6-0, após uma hora e quarenta e sete minutos de jogo. Nadal começou como o dia, frio (12ºC) e com a expectativa do que poderia oferecer seu rival sobre o saibro. Monaco se apresentou sem complexos na quadra e se demonstrou um rival incomodo, agressivo e disposto a correr riscos para colocar em apertos seu amigo. Rafa demorou um pouco para esquentar, mas uma vez “esquentado” atuou como uma máquina perfeita.
Deu um passo a frente para poder levar o domínio nas trocas de bola e começou a golper com a sua direita. Abriu ângulos impossíveis e castigou com insistência o físico de Monaco, agora limitado a correr de lado a lado da quadra. Entre tantos quilômetros o argentino cedeu duas vezes seu serviço e perdeu o primeiro set.
Rafa, intratável, sobre tudo nos momentos chave de cada set, conseguiu 17 games consecutivos contra o número 15 do mundo, onde foi dominador do começo ao fim. No fundo da quadra, subindo na rede, na transição defesa-ataque, ele estava por todos os lados e devolvia todas as bolas. Uma lição de jogo que colocarão algum dia nas escolas de tênis. Enquanto isso, Monaco se demonstrava desesperado diante do vendaval espanhol, Nadal se mostrava concentrado, como sempre, e sabia que era importante economizar esforços, tanto físicos quanto mentias, em um evento de tanta importância como é um Grand Slam.
Nas quartas de final Nadal terá que enfrentar Nicolás Almagro, que ganhou de Tipsarevic em três sets. Os espanhóis já se enfrentaram em sete ocasiões, sempre com a vitória de Rafa.
