quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Artigo - El País




Às 23:57 de segunda-feira em Melbourne, Rafael Nadal começa uma viagem muit longa: voa da Austrália para Doha e de lá para a Espanha, mais de 25 horas de viagem no total. O longo caminho serve para finalizar alguns detalhes do seu futuro mais próximo.

Descartada a sua participação na primeira rodada da Copa Davis, em que a Espanha receberá o Cazaquistão desde o dia 10 de Fevereiro, com Nicolas Almagro, Juan Carlos Ferrero, Marcel Granollers e Marc Lopez na equipe, Nadal vai treinar em Manacor durante um mês. A parada nas competições, que terá fim em Março para participar do torneio de Indian Wells, em que foi finalista em 2011, será acompanhada de suor. Ele está perto do intocável sérvio Novak Djokovic e tem um plano para reduzir a distância que o separa atualmente do número um.

O programa de trabalho é duro e simples. Primeiro, encontrar um companheiro adequado. “Preciso de um ‘sparring’ que saque, que me faça subtrair”, disse ele. Segundo, procurar os conselhos de Joan Forcades, seu preparador físico. “Quero trabalhar na pista, cansar-me, e depois tentar chegar às bolas e devolvê-las com força”, explica ele. Em terceiro lugar, começar a entender como a sua nova raquete pode ajudar o seu saque. “Eu mal tive tempo para treinar”, diz ele. E o quarto, mas o mais importante, o elemento decisivo: “A bola vencedora”. 

“Eu fiz muito melhor essa bola na Austrália, com mais determinação e um saque mais plano, quando cheguei ao meio da pista morto”, argumenta. “Em 2011, quando eu hesitei, tocava a bola e era um retorno para começar. Para se franco, eu procuro dar uma bola vencedora. Também, melhorar o revés, dando-lhe mais tempo”, acrescenta, “e o resto, que no ano passado foi uma das piores coisas que fiz. Estou de volta em um nível elevado, mas devo tê-lo ainda mais elevado.”

O espanhol vai se dar alguns dias para desfrutar se sua ilha e sua família. Em seguida, tentará faze todo o que ele não pôde fazer na pré-temporada, quando uma lesão no ombro o impediu de trabalhar o seu saque ( não fazendo dano a Nole, que vinha como um canibal em seu segundo serviço) e adaptar seu jogo as mudanças da raquete (três gramas mais de peso na cabeça). Nadal perdeu sete finais consecutivas contra o número um do mundo. Tem sido, no entanto, o tempo de desânimo. Ao invéz de ficar deprimido, fez de Djokovic uma afirmação: o melhor impulso para o seu desejo de melhoria.