Às 23:57 de segunda-feira em Melbourne, Rafael Nadal começa uma
viagem muit longa: voa da Austrália para Doha e de lá para a Espanha, mais de
25 horas de viagem no total. O longo caminho serve para finalizar alguns
detalhes do seu futuro mais próximo.

O programa de trabalho é duro e simples. Primeiro, encontrar
um companheiro adequado. “Preciso de um ‘sparring’ que saque, que me faça
subtrair”, disse ele. Segundo, procurar os conselhos de Joan Forcades, seu
preparador físico. “Quero trabalhar na pista, cansar-me, e depois tentar chegar
às bolas e devolvê-las com força”, explica ele. Em terceiro lugar, começar a entender
como a sua nova raquete pode ajudar o seu saque. “Eu mal tive tempo para
treinar”, diz ele. E o quarto, mas o mais importante, o elemento decisivo: “A
bola vencedora”.
“Eu fiz muito melhor essa bola na Austrália, com mais
determinação e um saque mais plano, quando cheguei ao meio da pista morto”,
argumenta. “Em 2011, quando eu hesitei, tocava a bola e era um retorno para
começar. Para se franco, eu procuro dar uma bola vencedora. Também, melhorar o
revés, dando-lhe mais tempo”, acrescenta, “e o resto, que no ano passado foi
uma das piores coisas que fiz. Estou de volta em um nível elevado, mas devo
tê-lo ainda mais elevado.”
O espanhol vai se dar alguns dias para desfrutar se sua ilha
e sua família. Em seguida, tentará faze todo o que ele não pôde fazer na
pré-temporada, quando uma lesão no ombro o impediu de trabalhar o seu saque
( não fazendo dano a Nole, que vinha como um canibal em seu segundo serviço) e adaptar
seu jogo as mudanças da raquete (três gramas mais de peso na cabeça). Nadal
perdeu sete finais consecutivas contra o número um do mundo. Tem sido, no
entanto, o tempo de desânimo. Ao invéz de ficar deprimido, fez de Djokovic uma afirmação: o melhor impulso para o seu desejo de melhoria.