domingo, 5 de agosto de 2012

Superação, teu nome é Rafael Nadal

Ontem estava vendo um desses programas de mesa redonda sobre as olimpíadas, o do nosso polêmico Galvão Bueno, seus convidados eram os nadadores Cesar Cielo e Thiago Pereira. Em um dado momento eles falavam sobre superação no esporte e Cielo citou o exemplo do Roger Federer em participar de uma olimpíada aos trinta anos de idade. Certamente que sim, e hoje vimos o suiço chegando a final, sendo derrotado por Murray que conquistou a medalha de ouro com parciais de 6/2, 6/1 e 6/4.

Bom, mas achei realmente interessante foi o comentário do Galvão (dessa vez ele acertou), ele disse que a maior superação para um atleta é voltar a competir depois de uma lesão séria que o deixa afastado, o que deve ser como recomeçar do zero. O árduo desafio de voltar a treinar, a reconstruir tudo, sua confiança mental, seu ritmo de jogo, sua forma física.

Afirmação com que o Nalbert concordou e recordou das tantas vezes que passou por situações como essa no vôlei, de se ver ao ponto de desistir de tudo, achando que não conseguiria mais continuar. A dureza dos treinos pós-lesão com o emocional em baixa e o corpo lutando no limite para se readaptar. E de quando finalmente se vê de novo dentro da quadra competindo com chances de vitória. A convicção ao vencer, de que aquele título, aquela medalha, foram conquistados com esforço, sacrifício e determinação ao extremo. Por isso o sabor e o valor é totalmente diferente.

Ouvindo isso não teve como não pensar no Rafa. Não estou dizendo que todo atleta precise passar pelo sofrimento de uma lesão para ser melhor, mas que compreendo quando o Rafa se emociona e comemora cada vitória como se fosse a última. Dá para entender também porque ele é mais equilibrado e maduro mentalmente do que muitos outros, tanto dentro quanto fora das quadras. Quando ele diz que levanta todos os dias comprometido em dar o seu melhor, que constrói degrau a degrau as suas possibilidades, usando até mesmo a dor para se aperfeiçoar e se tornar mais forte... Ele definitivamente não está fazendo tipo, mas sim falando com a natureza de quem conhece na pele os caminhos difíceis mas gloriosos da superação.

Nesse vídeo de um comercial antigo que o Rafa fez para Banesto, dá para ter uma idéia do quanto a superação faz parte da sua vida: